Não há mais caminhos, metas ou anseios
O
gosto doce da solidão azedou
Os
ardentes versos queimaram-se com a febre
As
forças impetuosas no peito cheio
se
dissiparam e a confusa bruma aquietou
com
as cinzas de sonhos que o tempo soprou
As
mãos que ambicionavam posses estão vazias
As
asas brancas cansaram de voar
Resta
apenas o árduo caminhar
Os
olhos que a tudo olhavam nos olhos
esconderam-se
atrás dos óculos
querem
apenas espiar o séquito dos dias.
QO/1974