De Ruiva Aurora, da paixão ardente
Que rompeu iluminando os meus dias
Energizando de
sentido as coisas simples da vida
E alegrando o
ser e estar no aqui e agora...
De tábua de
salvação, na qual me agarrei
Para emergir do
tédio e da náusea poética
Pretendendo
sobreviver à deriva de álibis forjados
Agarrado à
realidade excitante do teu corpo...
De bolha da
paixão, onde nos ilhamos do mundo
E tememos sair
da praia com o nosso amor
Ao vermos
tantos afundarem no mar...e haja mar...
De sereia, em
cujo canto me encantei
Com medo que
fosses uma baleia enfeitiçada...
De rubra Vênus
sobre o meu Marte moreno
Levitando como
estrela na mágica vara de condão
Trilhamos o
caminho da sábia cura kármica
De
urubuservadores, nos momentos mais difíceis
Não viramos a
mesa nem devolvemos as chaves
Guiados pelo
fresquinho macio do tesão que nos une
Fizemos
infindáveis ensaios prazerosos de despedidas
De dramas, da
dor presumida de uma gaiola vazia
De crises, de
rituais de um amor cego vivendo de orgasmos
Oh! Luz da Aurora Ruiva que rompeu!
Que dá sentido
a tudo o que se viveu, vive e viverá.
De ciclo em
ciclo vamos serenando o nosso amor.
I/2005