A ILHA


(Poema que fiz aos 16 anos à ilha das fantasias de minha adolescência, a qual deixou de existir com o aterro da orla do Gasômetro no Guaíba)














Entre o encanto da natureza
E as calmas e plácidas  águas de um rio
Semi levado pela correnteza
Num terno recanto sombrio
Por sobre as vagas
Do rio escuro
Com um vago olhar
Deixo morrer as mágoas
Do meu eu tão inseguro
Que vê o mundo por estourar
Quisera poder aqui passar
O resto dos meus dias
Desbravar a virgem selva
De tudo e  de todos esquecer
Alimentar-me de  pescarias
Dormir ao relento e na relva
Apreciar o sol a se esconder
Deixar o mundo sempre distante
Poder gritar, rir e chorar
Ver sempre este lindo horizonte
Que reflete neste pequeno mar
Mas...adeus Ilha de meus sonhos
Nunca mais me verás voltar.
(G-1970)

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