Que Pessoa é esta na minha cama
Que fala do amor e de Deus
E sobre a vida e a morte dos meus “eus”?
Que sopra por meus olhos uma voz
Que é um açoite de palavras cortantes
Que penetra na calma inquieta da solidão escura
Do alto mar da minha alma lusitana?
Que canta na minha língua
Coisas minhas que nem eu sabia
Que as tinha em chamas no meu íntimo
E, muito menos, que eram cantáveis
E não apenas caladamente sonháveis?
Que finge tão completamente ser sua
Uma dor minha que deveras sente?
(E/2008)
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