A pacata
solidão juvenil do meu filho
Eu sofria com
ele, por ele e mais do que ele
Nela revivia a
solidão da minha juventude
Sem namoradas,
sem beijos e sem sexo
E sei que esta
carência prolongada
Provoca áridos
bloqueios afetivos no peito
Por não ter
sido regado pelo sereno do amor
Do solitário
peito de emoções enclausuradas
Não saem as
palavras e gestos espontâneos
Que possam
semear conquistas amorosas
Passivos,
torcemos pelas forças do destino
Para que haja
uma conspiração cósmica
Que nos realize
o encontro com a bem amada
Como diz
Neruda: “Que solidão errante até tua
companhia!”
Aquela que fará
fluir nossa afetividade represada.
PV/2012
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