Como
um indômito cavalo alado
corcoveio
pra ver seu cabelo ao vento
e
sua dança de ventre pra não cair da sela
e
seu gemido entre dentes amordaçado
No
fresquinho macio de suas nádegas
encho
as mãos gulosas e peregrinas
até
fartar minhas carências infantis
de
mamãe aos seios de todas as meninas
E,
igualmente, quando vens fartar suas carências
e
vens com sede beber no pote o prazer
sua
boca carnuda e hábil é um redemoinho
a
naufragar-me em delírios de extrema potência
Então
o sexo limpo e lindo que fazemos
é
a expressão externa e criativa do que nos propomos
e
da capacidade de amar, de se doar
e
de vivermos com toda a radical intensidade
a
tesão que de fato somos.
K/1994
Nenhum comentário:
Postar um comentário