Em
revoadas na névoa me lanço
Quebro
asas na rigidez dos anos
No
escuro traço claros de noite morta
como
um vaga-lume que substitui a lua
Trocamos
experiências e esperanças
Pedras
soltas rolam, como é bom rolar
Poucos
sabem, um anjo foi quem me disse
Mas
sou como os anjos, nuvem cimentada
Apenas
posso voar!...
ela
passa levantando pó em seu corcel
esvoaçando
a cabeleira oxigenada
e
sorrindo vaidosa de seus pivôs...
E
eu que assumi todos os compromissos
ao
ver passar a dourada borboleta
sinto
vontade de pular todas as janelas
e
com paixão rolar com ela
num
voo desvairado numa noite de verão.
FE/1978
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