O ELO DO ÉDEN PERDIDO

E pensar que eu próprio
Que hoje vivo desta forma aburguesada
Quando guri, nadava só no rio Guaíba
Andava descalço nos matos
E nos morros cobertos de geada
Vivia como índio, em orfanatos
Bebendo, no chão, água de vertente
Sonhando em crescer para virar gente...
              E pensar que eu era um filhote
              de animal com instinto humano
              Naturalmente feliz no existir cotidiano
              sem pensar em nada sobre a existência
              Existindo sem pensar que existia...
                                                                                                              (E/2008)

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